A importância da Governança Corporativa para sua organização
A Governança Corporativa como tema surgiu a partir de meados do século XX durante o processo de expansão e integração do comércio internacional e das operações financeiras. Uma vez que as grandes corporações experimentavam um crescimento acelerado, passaram a se deparar com desafios complexos em relação às suas estruturas de controles e divergência dos interesses entre sócios/acionistas e executivos. Nesse contexto, de forma simplista, a governança surgiu para assegurar aos investidores retorno sobre seus investimentos.
A complexidade do tema é diretamente proporcional a simplicidade do objetivo. Tornou-se necessário estruturar princípios e mecanismos para direcionar os processos decisórios das companhias e garantir a separação dos interesses entre a propriedade (sócios ou parte dos sócios) e a gestão (executivos). Em empresas com boas práticas de governança, as decisões devem priorizar os interesses e o bem-estar organizacional frente aos interesses de um grupo de acionistas ou diretores, para isso são utilizados um conjunto de mecanismos, tanto de incentivos quanto de monitoramento, para assegurar que o comportamento dos administradores esteja sempre alinhado ao melhor interesse da empresa. Os 4 princípios básicos da governança são:
1. Transparência: parte do princípio que todos os envolvidos devem ter o mesmo nível de informação e, para isso a empresa deve comunicar tanto as informações obrigatórias quanto aquelas relevantes para seus acionistas e stakeholders. Quando corretamente aplicada, gera um ambiente de confiança tanto interno quanto externo.
2. Prestação de contas: os agentes de governança (acionistas, executivos, conselheiros e auditores) devem prestar contas da sua atuação assumindo integramente as consequências dos seus atos.
3. Equidade: é o tratamento justo e igualitário de todas as partes – sócios e demais stakeholders.
4. Responsabilidade Corporativa: refere-se à sustentabilidade do negócio. Os administradores devem zelar e busca a longevidade da organização com atenção às questões de ordem social e ambiental na definição dos negócios.
Em economias mais desenvolvidas como EUA, Europa e Japão, existem exemplos de modelos de governança corporativas muito bem-sucedidos. No Brasil, as companhias passaram a adotar as práticas apenas no final dos anos 90, principalmente devido aos processos de abertura de capital (IPOs) que demandavam uma gestão que protegesse os interesses dos sócios minoritários e trouxesse maior previsibilidade de retorno aos novos acionistas, foram então estruturados diversos conselhos de administração com o objetivo de reduzir os conflitos internos e aumentar as perspectivas de sucesso da organização.
Para garantir que tanto os conselheiros quanto o corpo executivo possuam valores alinhados aos objetivos da organização é fundamental atentar-se a cultura da empresa e assim, garantir que esses sejam o reflexo desses valores em sua tomada de decisões. Para que haja êxito na busca por estes executivos é importante adotar em avaliações densas tanto no âmbito técnico quanto comportamental.
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